Oscar 2010: A Princesa e o Sapo


O filme A Princesa e o Sapo é o mais recente trabalho da Disney no mundo da animação em 2D e que concorre à melhor animação e canção original do Oscar deste ano.

Com o advento das novas tecnologias a Disney meio que se rendeu aos desenhos feitos em computação gráfica e os clássicos foram mudando não só de formato, mas também de conteúdo. Nos últimos anos vimos muito mais filmes engraçadinhos e com toques de humor do que os antigos contos de fadas como Cinderela, A Bela Adormecida, Branca de Neve e tantos outros que embalaram a infância de muita gente. Não só das meninas, tenho certeza. E foi apostando na volta a este tipo de história que a Disney trouxe, principalmente, para os adultos, acredito eu, uma história romântica com alguns toques de modernidade. Poucos mesmo, vale salientar.

A diferença deste conto de fadas está na personagem central que não é a pobre coitadinha e frágil que vemos nos contos citados acima. Tiana é uma mulher forte, batalhadora e que tem como principal meta o sucesso profissional. Com o desenrolar da história ela acaba percebendo que o amor é mais importante do que qualquer coisa, mas não é só ela quem percebe isso. O príncipe também segue a mesma linha. Ele é um boêmio, digamos assim, que acaba sendo salvo pela garçonete Tiana, pelo amor que ele passa a ter por ela. Ou seja, aqui não é o príncipe montado em seu cavalo branco que salva a história, mas o reconhecimento pelos dois personagens principais que o amor vale mais do que os seus desejos pessoais.

Temos também os personagens secundários que não são tão fortes, mas são interessantes, à sua maneira. Especialmente o vaga-lume apaixonado por uma estrela e a melhor amiga de Tiana que é rica e, apesar do que eu esperava, "cedeu" o príncipe à amiga. Já o jacaré, que não lembro mais o nome, e a feiticeira do pântanos são engraçadinhos mas sem muito impacto no filme.



Porém o forte do longa não é a história água com açúcar que estamos acostumados a ver (acho que é assim o ditado, né? Sou péssima pra essas coisas). O que mais gostei foi a trilha sonora embalada pelo jazz de Nova Orleans. As músicas saem um pouco daquela coisa melosa que a Disney adora (e eu não) e coloca umas musiquinhas bem legais. Detalhe: a parte dos musicais foi bem fraquinha, as músicas mais interessantes são as trilhas incidentais que ocorrem durante toda a projeção.


Outro ponto bastante positivo é o cenário. Nova Orleans consegue ser o local ideal para toda aquela magia acontecer. As cenas no pântano e com os espíritos do Vodu são espetaculares. Isso me faz lembrar do "bruxo" da história que é, na verdade, um feiticeiro que mexe com magia negra. Algo bem típico daquela região, assim como o sotaque dos personagens que foi muito divertido de ouvir. Não sei como é a versão dublada, mas com certeza deve estragar metade da graça do filme.

Acabei me alongando, mas fica o recado: A Disney voltou pra mostrar que ainda sabe trazer a magia das histórias infantis para as telas de cinema. Quem ainda não viu, por favor, veja. Não esperem uma obra-prima, mas uma história leve que nos faz recordar os antigos contos de fadas, só que agora ambientado em uma cidade linda e encantada.



Trailer do filme:




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